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Vale Glaciar do Zezere

 

Corresponde à língua glaciária de maior dimensão da Serra da Estrela, atingindo os 13 km de extensão .

 

Pode ser facilmente observado o local em que o glaciar ultrapassava a zona da actual vila de Manteigas, tendo-se dissolvido a cerca de 680 m de altitude. O enorme comprimento do vale glaciário, deve-se ao facto de ter sido alimentado pelas línguas da Nave de Santo António, Covão da Ametade, Candieira e Covões , progressivamente.

 

A espessura da língua de gelo atingia na parte montante do vale cerca de 300m, o que pode ser confirmado pela existência de moreias na Lagoa Seca. Na Nave de Santo António existem também moreias laterais espectaculares. A jusante, na margem esquerda do Rio Zêzere, abaixo do vale da Candieira, encontram-se moreias mais baixas às quais se chama Espinhaço do Cão.

 

Percurso I :

 

Moreia da Nave de Santo António

 

Para o maior Vale Glaciário da Europa propõem-se duas possibilidades que deixamos a cargo do visitante: percorrê-lo na totalidade pelo trilho e aproveitar toda a magnitude do trajecto ou simplesmente fazer o percurso de automóvel, sendo este o mais cómodo e viável para as pessoas com pouca disponibilidade de tempo.

 

PERCURSO PEDESTRE:

 

(Aconselhável mapa Turístico do Parque Natural da Serra da Estrela)

Duração: 5:05h

Distância:15 km

 

Saia da Torre pelo trilho (assinalado no mapa) a Leste passando junto à s ruínas do teleférico e descendo por entre zimbrais e cervunais até ao Covão do Ferro onde seencontra a Barragem de Padre Alfredo. Contorne a Barragem através da encosta íngreme. Passe pelo Covão da Mulher e suba até à Nave de Santo António.

 

Aqui, imagine um glaciar de 80m de altura escoando constantemente sobre os vales periféricos e transportando consigo as rochas provenientes do Planalto da Torre como se de um tapete rolante se tratasse. Numa fase tardia do glaciar estas rochas foram-se instalando por entre o cervunal formando esta paisagem de extrema beleza, de onde se destaca o Poio Judeu com os seus 150 m3 a guardar o Vale Glaciário.

 

Percorrida a Nave de Santo António desça a estrada até ao Covão da Ametade (foto) onde poderá desfrutar de um apoio ao campista fantástico em plena área de reserva Bio-Genética.

 

Deve ter muito cuidado com este local. Siga o trajecto indicado e deleite-se com a maravilhosa vista que agora se segue.

 

Passe pelo Covão da Albergaria na sinuosidade do vale e comece a observar a grande “espinha dorsal” que parece dividir o vale em dois. Trata-se do Espinhaço do Cão formado pelo glaciarOs locais de estacionamento que se seguem ao longo desta estrada proporciona uma vista magnífica sobre o ValeGlaciário do Zêzere.

Saia da Torre em direcção à Covilhã. Passe pelo CântaroMagro com os seus 1.928 m de altitude esculpido pela acção do glaciar e, logo à frente, passe pela Nossa Senhora da Estrela esculpida pelo próprio homem.

Siga ente curvas e contracurvas até se deparar com um bloco de 150 m3 denominado Poio Judeu.

Este foi transportado pela língua de gelo proveniente da Nave de Santo António até este local numa fase tardia do glaciar limitando-o a guardar o extenso Vale Glaciário do Zêzere.

Contorne a Nave de Santo António passando pelo trilho que desce da Torre e siga em direcção a Manteigas.

Repare nas centenas de blocos que ali se instalaram provenientes do planalto glaciário e que, posteriormente, escoaram para os vales periféricos.

Continue pela estrada e comece a descer o Vale Glaciário doZêzere preparando-se para deleitar os seus olhos com a bela vista que segue.

Na primeira curva sinuosa à direita encontra-se o Covão daAmetade.

Siga o percurso passando pelo Covão da Albergaria na sinuosidade do vale e comece a observar a alta “espinha dorsal” que parece dividir o vale em dois com os seu enormes depósitos nas vertentes abruptas. É o Espinhaço do Cão situado abaixo do Vale da Candieira, tornando-se assim fácil entender o caminho que o glaciar percorreu.

Descendo mais um pouco, avistará as linhas de água que caem em cascata da zona dos Covões, correspondendo a uma paisagem magnífica e exclusivamente glaciária.

Mais à frente, passe pelas Caldas de Manteigas e siga até àvila de Manteigas onde o trajecto tem o seu fim. Ao contrário do seu passeio que está apenas no início

 
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